segunda-feira, junho 20, 2005

As cinco pessoas que você encontra na Terra

Mitch Albom escreveu “As cinco pessoas que você encontra no céu”, um livro sobre um velho de 83 anos, que morre achando que sua vida não valeu nada. No céu, encontra cinco pessoas que passaram por sua vida, algumas ele nem conheceu, e que mostram a ele como foi peça importante e, às vezes, fundamental na vida de cada uma delas.
Como não tenho essa pretensão de ser tão importante na vida de alguém, e não morri ainda, vou falar de cinco pessoas que encontrei aqui na Terra mesmo.
A primeira pessoa que encontrei na Terra, na verdade, não é uma pessoa, mas um grupo. Um grupo capaz de modificar a vida de qualquer mortal, numa profundidade jamais vista.
A turma da UNIRIO. Pessoas que, por acaso, caíram na mesma sala, transformando suas vidas em quatro anos e meio. Nunca existiu, e nunca existirá, turma igual, em lugar nenhum do mundo. Diferentes origens, diferentes formas de vida, diferentes corpos e almas que se fundiram completa e perfeitamente. A beleza e o carisma da Fê, a malandragem e a esperteza do Glauco, a vaidade da Soyane, a timidez da Ângela, a meiguice da Dani, a inteligência e extravagância da Lioara, a cabeça feita da Cris, a falação sem fim do Alex, as risadas das Alês, as maluquices da Carlota, a responsabilidade da Rogéria e muitas outras características pessoais e intransferíveis que fizeram com que cada um fosse complemento do outro. As risadas, as conversas, os abraços, toques e cheiros. Em mim ficou um pedacinho de cada uma delas, e nelas, eu sei, ficou um pedacinho de mim. Não fomos uma turma de faculdade, um grupo de bibliotecários que, no fundo, queriam ser cineastas, jornalistas, historiadores. Fomos um grupo que PRECISAVA se encontrar na vida. E dar continuidade nessa caminhada, ora alegre, ora triste, ora fácil, ora difícil. Participamos da vida um do outro, choramos e rimos juntos, e hoje, vemos cada um vencendo à sua maneira. Separados em corpos, já que há anos acabaram as aulas e cada um seguiu seu rumo, unidos em alma e coração. Impossível não ser modificado por este grupo, impossível pensar na vida sem ele.

6 comentários:

Anônimo disse...

Mari...
Não sei mesmo o que dizer!
Está perfeito!!

Anônimo disse...

Aiiii, que lindo...

Quase chorei Mari...

Realmente, encontramos amigos marvilhosos na faculdades. Amo todos!!!!

Te amo, Mari!!!

Beijos, a inteligente (???) e extravagante (?????) Lioara

Ângela disse...

Mariane, que post lindo! E fico feliz de ver meu nominho no meio :D Realmente este grupo de pessoas tinha mesmo de se encontrar na vida. Eu entrei na faculdade uma, tímida e ainda pouco vaidosa comigo mesma, e saí de lá outra pessoa. Você e a turma foram as pessoas que me ajudaram a mudar. Gradativamente, claro, como tudo na minha vida, mas posso dizer que saí da faculdade uma pessoa melhor, sabendo que o mundo não se resumia a Zona Sul, me tornando mais vaidosa comigo mesma (no bom sentido, claro), e tendo a certeza que um grupo de diferentes origens e pensamentos pode sim fazer a diferença e se dar bem. Beijos da sua amiga,
Ângela.
P.S: Passa no meu humilde blog qualquer dia e deixa um comentário, viu?

Anônimo disse...

Amigos... preciosidade ...! Como é bom termos pessoas assim em nossas vidas , aconselhando, dando sentido, nos completando... tive o prazer de conhecer uma dessas pessoas que foi a Lioara, muy "buena onda"!!

Bjus Mari e o texto como sempre está ótimo !

Anônimo disse...

Sem palavras... mas feliz com o texto... fica até contraditorio o que não para de falar não ter palavras, mas para mim tudo se resume em uma coisa...

bom fosse se aquele tempo nunca tivesse terminado

beijos.............

Anônimo disse...

Nossa, já tinha lido a um tempinho e tentado postar alguma coisa... realmente muito lindo esse texto, deve mesmo ter sido uma conspiração cósmica muito louca pra colocar esse povo na mesma sala. É sempre bom o reencontro, sempre bom ver um torcendo pelo outro, enfim, me sinto privilegiado por tudo isso. Mas me diz uma coisa Mari, malandro? eu? hehehe. Beijos!!!