Dia dos namorados chegando... E todos os anos é a mesma ladainha! Os casais lindos, perfeitos e eternos aparecem nos jornais, nas tvs, nos outdoors, por toda parte, até que, no ano seguinte, todos arranjaram um outro par perfeito e eterno. Um tédio. Fico pensando até onde podemos dar crédito a qualquer história de amor... Parece pessimista demais, agressivo demais, mas... Vamos lá, honestamente, quantos casais perfeitos e completamente apaixonados você conhece? E quantos deles terminaram e arranjaram suas vidas, muito menos apaixonantes e apaixonadas, ao lado de outra pessoa?!?!?! Excesso de romantismo me irrita. Aliás, todo e qualquer excesso me irrita profundamente. A mudança de personalidade nos que se dizem “apaixonados”, os “te amo pra sempre”, “você é o homem (ou a mulher) da minha vida” não passam de uma baboseira sem fim. O amor não precisa de exposição, o amor acontece por si só. Nele não há necessidade de exagero, de mudança de vida, ele É vida. Se você não pode ser você mesmo, se tem que deixar de estar com quem gosta, deixar de fazer o que gosta, sinto muito, mas, além de enfeitiçado, você acaba de entrar no rol dos futuros pés-na-bunda que não têm pra onde ir, e pra quem correr, quando os relacionamentos acabam. Porque todos acabam. É assim que funciona. O amor não grita, o amor não precisa de “notícia”, não precisa nem de voz. Ele se dá tão perfeitamente que você completa a fala, pensa junto e igual, sem precisar estar perto. É telepático, é companheiro, é amigo, é simples, e o mais importante, é FINITO. Casais eternos não existem, “vamos estar sempre juntos” não existe. Tantas vezes você procura o amor no namorado, amante, marido, quando, na verdade, quer achar nele o que você encontra em outras pessoas, ou o que você espera que ele se torne. Você NÃO vai achar. Nunca vai achar. Porque o amor não está no outro, está em você mesmo. O amor se enobrece à distância e nela se fortalece. É fácil amar quem tá do lado, quem tá junto o tempo inteiro, quem não te dá espaço pra que olhe outro alguém. Difícil é amar quem tá longe, quem não se vê, não se toca, não se sente o cheiro, sequer se ouve. Difícil é amar quem está morto, amar com um mundo de oportunidades batendo à porta, amar no silêncio, sozinho, sem troca, sem esperar nada. Porque o amor nada espera, nada pede, nada dá. O amor é só amor. E mais nada...
Todas as cartas de amor são ridículas, todos os comerciais de celulares são ridículos, todas as demonstrações de amor são ridículas.
E esta é só mais uma delas.
Viva o dia dos namorados!!!
2 comentários:
Mari!!! adorei o texto super revolts mas sabe que eu concordo contigo ! e tem gente que pensa assim mas não se expõem, ficando na neutralidade ! que melação por favor! a felicidade está em nós mesmos e o "outro(a)" eh um complemento respeitando o nosso modo de ser, agir...!! não eh pra substituir e nem pra mudar nadaaaa
Bjus
Mari, adorei!!!!!!!!!!!
Chorei!!!!!!!! Maravilhoso!!!! Verdadeiro!!!!!!
Beijão!!!
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