Voltando pra casa...

Sair da terra natal sozinho depois de viver a vida toda lá é bem diferente do que se mudar mais novo, ou com a família, sejam os pais ou o marido e os filhos. As lembranças, os melhores e piores momentos, os pensamentos ficam todos lá, na terra distante, nenhum vem com a gente. Os amigos ficam longe, e percebemos que, por mais que sintamos falta, e queiramos muito, os amigos de verdade, serão aqueles que você não fala todo dia, não vê por meses, já nem reconhece mais a voz pelo telefone. Um monte de coisas novas acontecem, pessoas novas aparecem, e a tal maturidade bate a porta sem dó. De repente, por alguma razão, a gente resolve voltar pro lugar de onde partiu. Existem sempre milhões de razões pra isso, família, amigos, lugares, mas seja ela qual for, está sempre acompanhada dos medos e das inseguranças. É estranho pensar nos (re)encontros que virão, alguns maravilhosos, com lágrimas, sorrisos, abraços, outros péssimos, com constrangimentos, olhares desviados, aquela voz engasgada na garganta, doida pra dizer oi, mas que permanecerá lá, emudecida, aquele abraço doido pra acontecer, mas que ficará somente na lembrança e na vontade. Será um novo velho momento, de procurar emprego, enviar currículos aos amigos, brigar com os pais pela chave do carro, dormir sem hora pra acordar, todos aqueles momentos bons e ruins que passamos a vida toda tentando fugir, ou melhorar. Da mesma forma que é muito louco partir, é também voltar, mas quando temos a certeza de que estamos fazendo a coisa certa, tudo vale a pena. Não existe emprego no mundo que valha mais do que a tranqüilidade, não há liberdade no mundo que valha mais do que estar perto de quem a gente gosta. Poder matar as saudades olhando no olho, e não por telefone ou computador, poder andar na rua sem medo de não conhecer o local e se perder, ir no seu bar preferido, almoçar com a prima, rever o tio doente, olhar rostos conhecidos, fazer os programas prediletos não é só reconfortante, é imprescindível, libertador, inexplicável. É muito difícil partir, também não é fácil voltar, mas o que nos atinge com mais força é a sensação de que correu, correu, correu, e voltou pro ponto de partida, e que não importa a que distância está, se seu coração não for junto, não terá saído do lugar, porque o coração comanda tudo.
Siga sempre seu coração, onde ele estiver, você deve estar!!! E é isso que estou fazendo...
Valeu, Foz!!! Foi incrível!!! Tô chegando, Riooo!!!!!