terça-feira, agosto 17, 2010

Tô no erro, eu sei...

Querido blog,
sei que estou em dívida com você, pois, descaradamente, te troquei por outras redes sociais - leia-se twitter e facebook. Tantas sensações que antes eu colocaria aqui, foram diluídas em pequenas frases e depositadas em outra páginas que não carregam a intimidade que temos. Anos de relacionamento trocados pela rapidez do novo mundo e a curiosidade, minha eterna companheira. Hoje, voltei, não sei até quando, mas estou aqui.
Minha súbita vontade de escrever foi porque li uma reportagem sobre um projeto do meu trabalho e aquilo foi me levando a diversas ideias e opiniões a respeito... Meu trabalho é um lugar tranquilo, com um bom salário (repleto de gratificações, é bem verdade), onde você faz o que quiser no dia, pelo menos a maioria absoluta de nós. Quer resolver problemas na rua? Pode. Quer tirar 3 horas de almoço? Pode. Quer ficar sem fazer absolutamente nada? Pode. Quer chegar às 14:30h? Pode também. Lá tem festas que começam às 15h, com bebida alcóolica e liberação dos funcionários (não importando a hora que chegaram). Tem aula de dança e coral no meio do horário de trabalho. Tem bloco de carnaval. Tem exibição de filmes a partir das 17h (também não importando que horas o funcionário chegou). Os funcionários tem acesso a skype. Nem quero entrar nos méritos políticos da questão, porém todos reclamam do diretor da instituição, mas quando quiseram tirá-lo do cargo, em 2005, os servidores se mobilizaram para mantê-lo.
Então, esta semana, uma revista chamada Carta Capital publicou uma reportagem na qual dizia que os documentos sobre a ditadura que estão no Arquivo Nacional não tem acesso público por estarem sob a guarda de ex-militares ligados à repressão, e que fazem parte da Associação Cultural do Arquivo Nacional. Não julgarei o critério da escolha de membros da mesma, só quero dizer que isso não é verdade. Claro que não é. Não tem documentação nenhuma sob guarda deles. Os responsáveis pela guarda e tratamento técnico deste acervo somos nós (servidores e setores). O que não está disponível é porque não foi tratado. E o que ainda não está tratado, muitas vezes não o está por esbarrar na burocracia, e na má-vontade, e na preguiça de muitos dos funcionários da casa. Esta é a realidade. Não existem santos e criminosos. Os servidores do AN são é muito espertos.

Bem, é isso. Prometo que a próxima postagem será sobre algo mais interessante...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi bonita esta página parece bem desenvolvido.........boa:)
Gostei muito faz mais posts assim !!